terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Phyllorhiza punctata - Água Viva



Nome Científico:Phyllorhiza punctata
Reino: Animalia
Phylum: Cnidaria
Classe: Scyphozoa
Ordem: Rhizostomeae
Família: Mastigiidae
Nome comum:água-viva(Português)
Descrição morfofisiológica:
Espécie da família Mastigiidae. É uma espécie grande de macromedusa cujo sino de natação pode chegar a 50 cm de diâmetro. Apresenta tom marrom-azulado com muitos pontos brancos igualmente distribuídos. Com 8 braços orais bem grossos e transparentes que apresentam grande quantidade de cnidócitos (células que possuem estrutura urticante chamada nematocisto) em suas terminações. Desses braços saem os tentáculos que tem a aparência de fitas.
Rota de dispersão:Navegação/Incrustração em cascos de barcos/navios
Vetor de Dispersão:Navio - Água de lastro/Navio - Casco
Reprodução:Sexuada/Assexuada
Forma biológica:Água-viva
Dieta:Carnívoro/Planctívoro

Impactos ecológicos:
Por alimentar-se de crustáceos plantônicos, ovos de peixes e larvas, essa espécie está ameaçando populações de peixes no Golfo do México assim como camarões, anchovas e carangueijos.
Impacto econômico:
Não existem estudos que comprovem os impactos relacionados à espécie P. punctata no Brasil porém, no Golfo do México, esse impacto foi avaliado e relacionado com o turismo e a pesca (consumo de larvas de peixes de importância econômica), sempre nas áreas costeiras.
Área de distribuição onde a espécie é nativa:
Oceano Indo-Pacífico, incluindo o arquipélago das Filipinas e Tailândia.
Ambiente natural:Águas tropicais e sub-tropicais.
Ambientes preferenciais para invasão:Preferencialmente na superfície da água. No Hawaii, são encontradas nadando próximas à superfície de águas turvas nos portos e baías.

Área de invasão:Ambiente Marinho

4 comentários:

Luciana Oliveira disse...

Notícias rescentes:31/12/2007 - 18h23 - Atualizado em 31/12/2007 - 18h27

Quase 500 pessoas são atingidas por águas-vivas no litoral sul de SP
Desde quinta (27), ficaram feridas 277 pessoas na Praia Grande.
No mesmo período, cerca de 200 atendimentos foram feitos em Mongaguá.


As águas-vivas atingiram pelo menos 477 pessoas no litoral sul de São Paulo desde a última quinta-feira (27). De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Praia Grande, os serviços de saúde da cidade registraram 277 atendimentos até o domingo (30). Nesta segunda-feira (31), até as 17h, três feridos procuraram atendimento no Pronto Socorro Quietude.
Em Mongaguá, pelo menos outras 200 pessoas foram atendidas em duas das três unidades de saúde do município. Cerca de 120 pessoas procuraram o Hospital e Maternidade Adoniran Correia Campos, que é municipal e referência na cidade. Além disso, aproximadamente 80 pessoas procuraram o Posto de Saúde Agenor de Campos, também na cidade. Os dados são referentes aos atendimentos prestados desde quinta-feira. O número de vítimas na cidade pode ser maior, já que no Posto de Saúde Vera Cruz, uma atendente informou que nenhum médico poderia falar com a reportagem por volta das 17h para contabilizar os atendimentos.
De acordo com a enfermeira Fabiana Brasilis, do Posto de Saúde Agenor de Campos, o caso mais grave desta segunda foi o de um menino de dois anos que sofreu queimaduras em várias partes do corpo e teve de ser encaminhado para o hospital, onde ficou internado. Ele teve queimaduras de primeiro grau.

Segundo o médico Adriano Bechara, secretário-adjunto de Saúde de Praia Grande e diretor técnico do Hospital Municipal, mais de 98% dos casos são considerados sem gravidade. “Mesmo os casos que exigiram aplicação de antialérgico, nos primeiros dias, não foram muito graves, pois não foi registrada nenhuma ocorrência de choque anafilático, provocado pela reação do organismo humano à neurotoxina liberada pela água-viva. Essa é a nossa maior preocupação”, afirmou.

Luciana Oliveira disse...

Células urticantes

Águas-vivas são organismos de corpo mole, gelatinoso e transparente, dotados de células urticantes, capazes de provocar queimaduras em humanos. A maioria das pessoas feridas são mulheres e crianças, pois quando a criança toca na água-viva, normalmente é socorrida pela mãe, que também se queima. O Corpo de Bombeiros informou ainda que, em função do forte calor, é comum a incidência de grande quantidade de águas-vivas, que vivem em colônias. Estas colônias estão se espalhando pelas praias da cidade.

As caravelas (assim chamadas por causa da “vela” inflável que as impulsiona na superfície do mar) são primas das medusas e das anêmonas, mas com um detalhe inusitado: não são indivíduos únicos, mas colônias.

São os tentáculos os responsáveis pelos ferimentos. Eles ferroam e matam pequenos invertebrados e peixes, que então são digeridos por outros “órgãos” especializados da colônia. Os tentáculos podem ter até 10 metros de comprimento e estão cheios de células especializadas. É como se elas fossem um arpão dentro de uma bexiga com água: ao encostar na presa, a “bexiga” estoura e o “arpão” microscópico é liberado, cravando o veneno na futura comida. Entretanto, para humanos, esse aparato sofisticado raramente é fatal.




O que fazer


Retirar os tentáculos grudados com um palito de sorvete ou um graveto ou
qualquer material disponível, mas nunca com as mãos;
Fazer uma compressa fria com vinagre ou ácido acético (neutraliza o veneno);
Fazer uma compressa com água do mar fria (ameniza a dor);
Procurar atendimento especializado.



O que não fazer


Não passar areia sobre o local da picada (pode causar infecção secundária);
Não passar água doce em hipótese alguma;
Não urinar sobre a picada.

Luciana Oliveira disse...

Ataque de águas-vivas destrói fazenda britânica de salmão
Um ataque de bilhões de pequenas águas-vivas destruiu a única fazenda de salmão da Irlanda do Norte e matou mais de 100 mil peixes que estavam nos viveiros, localizados cerca de dois quilômetros mar adentro.

Um porta-voz da companhia Northern Salmon, empresa proprietária da fazenda, afirmou que o prejuízo pode chegar a um milhão de libras (cerca de $3,6 milhões de reais).

O grupo de águas-vivas cobriu uma área de 25 quilômetros quadrados no mar. Funcionários da fazenda tentaram resgatar os peixes, mas a densidade do cardume de águas-vivas impossibilitou a tarefa.

A espécie que invadiu a fazenda é conhecida como mauve stingers (medusa pelágica) e não é comum em mares da Grã-Bretanha e da Irlanda.

“Em trinta anos de profissão, nunca vi nada parecido”, afirmou John Russell, diretor da Northern Salmon. “ O mar ficou vermelho com as águas-vivas”.

Segundo a direção da empresa, a companhia pode levar até dois anos para se recuperar dos estragos causados pela invasão de águas-vivas.

A divisão de pescaria do Departamento de Agricultura da Grã-Bretanha está realizando uma investigação completa sobre o ataque.

Sérgio N. Stampar disse...

Olá,
Apenas corrigindo. Esta foto não é de uma Phyllorhiza e nem de algum Rhizostomeae. Esta é, provavelmente um representante de Chrysaora, um Semaeostomeae.

Abraços
Sérgio Stampar